quarta-feira, agosto 06, 2008

Estamos entrando novamente naquele período pavoroso chamado eleições. Eu sei que na teoria é muito bonito, sulfrágio universal, o povo define os rumos do país e essa lenga-lenga congênere. Apesar de que "a nível de município" as coisas tendem a ser um pouco mais pessoais.
Mas o que quero discorrer é sobre a campanha eleitoral. Todos sabemos que precisamos conhecer nossos candidatos para que possamos escolher, efetivamente, nossos dirigentes. O que é que podemos aprender com esse mar de panfletos, essas muralhas da China de cartazes e pinturas, ou mesmo o hilário programa eleitoral gratuíto? Nada além de que nossos candidatos não estão preparados para exercer o que propõe.
Fico aqui lembrando os gregos... O cidadão para ser representante na polis tinha alguns pré-requisitos, um deles era de ter seus problemas domésticos resolvidos. Motivo simples. Com seus problemas domésticos resolvidos, a tentação de misturar o público ao privado era menor. Não custa também lembrar que na Grécia antiga, voto era privilégio de alguns...
Pois pois... O que vejo é que a carreira pública virou uma espécie de "investimento". Com o fim das ideologias (houveram?), quem estaria disposto a investir tanto se não acreditasse em algum retorno?

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