Sísifo. Da mitologia grega, talvez o exemplo mais emblemático da humanidade. Em uma época onde os deuses eram muitos, vaidosos e imperfeitos, fê-lo de tolos em algumas ocasiões. Enganou a morte em mais de uma ocasião, mas não pode escapar seu destino de mortal.
Foi então punido com o que seja talvez, a melhor metáfora da condição humana. Foi considerado rebelde e condenado a levar um rochedo morro acima, apenas para que ele role morro abaixo e o trabalho recomece infinitamente. Este é sem dúvida um trabalho repetitivo, inútil, fútil e impossível. Castigo talvez apenas rivalizado pelo de Aracne, que tento mais talento que os deuses, foi condenado a tecer de forma vazia e sem significado.
Afinal, não somos todos Sísifos? Condenados a uma rotina massacrante por nossa recusa em aceitar um destino sem brilho ou sentido pela vaidade e tolice de outras criaturas imperfeitas? Mesmo que tais criaturas sejam nós mesmos.
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