segunda-feira, fevereiro 12, 2024

Em uma antiguidade nem tão remota, em um tempo que não havíamos poluído tanto nosso mundo e nossa mente, éramos mais capazes de enxergar além de nós mesmos. Sabemos muito mais sobre o mundo físico é evidente, me pareça que permanecemos tão ou mais absortos do que então nestas questões mais sutis e possivelmente mais cruciais.
Nunca fomos muito afeitos a escuridão e ao silêncio. Medo do que não pode ver ou ouvir? Ou de estar só consigo mesmo? Mas o fato é que a noite não é tão escura nem tão silenciosa. Você pode até aprender uma lição ou outra se você não permitir que seus demônios tomem conta. Há coisas esquecidas e desvalorizadas, como o vento, as folhas, a agua corrente ou caindo, animais e quem sabe o seu próprio coração batendo. Estranhos nos nossos próprios corpos...
Destas coisas,  considero o céu noturno das mais negligenciadas.  Nossos céus e nossos egos andam muito iluminados. Olhar para o céu é perda de tempo, melhor olhar para nosso umbigos. Mas o céu está e sempre esteve lá. Gigantesco, impávido e regularmente mutável, mas sempre com algumas surpresas para os olhos atentos. O céu nos mostrou caminhos, ensinou sobre ciclos e ritmos, inspirou histórias e nós mostrou nosso lugar insignificante no mundo.
Ainda sobre o céu e seu escuridão, termos a estrela D'alva, ou estrela da manhã.  É o planeta Vênus, terceiro objeto mais brilhante do céu, que ao "nascer" no ocidente prenuncia, de maneira clara, o alvorecer. Não importa quão escura foi a noite, um novo dia está a caminho. 


Nenhum comentário: