quinta-feira, janeiro 31, 2002

Somos criaturas desprezíveis. Todo mundo sabe e até finge bem que não sabe disso ou que discorda. Mas certas pessoas, em um determinado ponto de suas vidas acha isto um fardo insustentável. E assim decidem dar cabo naquilo que costumamos denominar como existência. O problema é que realmente somos criaturas muito limitadas e nem na hora do sacrifício supremo damos conta do recado. E ainda viramos motivo de piada no pronto-socorro. Eu, de nenhuma forma, incentivo o auto-extermínio e nem pretendo ensinar métodos eficazes de realizá-lo. Portanto vou enumerar o que não funciona de maneira nenhuma. Vale também lembrar que a tentativa de suicídio é um pedido de socorro. O mais desesperado deles.
Desnecessário dizer que prender a respiração voluntáriamente, não tem resultado.
Cortar os pulsos virou sinônimo de suicídio. Mas tem poquissímas chances de dar certo. Artérias cortadas -principalmente de pequeno/médio calibre- tendem a se contrair e estancar o sangramento. Mas você pode lesar estruturas nas vizinhas como tendões e ter problemas nas mãos como sequelas. Sem falar na belíssima cicatriz.
Mulheres gostam muito de tentar suicídio ingerindo grandes doses de medicamentos. Não funciona. A dose letal da maioria dos medicamentos é algumas dezenas de vezes maior do que você costuma ter em casa. Mas dá para passar muito mal assim mesmo. No mínimo inesquecível, mas nada definitivo.
Importante lembrar também da soda caústica. Excelente para desentupir pias, péssimo método de auto-extermínio. A soda caústica e alguns ácidos ao serem ingeridos lesam irreversivelmente o esôfago. A vítima pode ser obrigada a nunca mais se alimentar pela boca e passar o resto de sua vida usando uma sonda gástrica. Se a vida já era uma bosta antes disso...

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