quinta-feira, maio 31, 2001

Tem dias que eu acordo nauseado. É um sensação de peso em algum lugar entre o peito e a barriga. Ela se contorce preguiçosamente. Não há urgência, ela me dá tempo de me levantar, caminhar até o banheiro e abrir o chuveiro. Aí então ela se espalha pelo peito, me amolece os braços e entorpece a cabeça. E então vem subindo, calmamente até explodir calma e poderosamente numa mistura de suco gástrico e sangue. A náusea é como a aura de um ataque epiléptico, uma cólica pré-menstrual, não sei por que veio, mas sei o que está por vir. Mas sei ela tenta expulsar de mim este mundo pútrido, rejeitando sua podridão. Enquanto tiver nojo, sei que não me rendo.

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