Eu estava pensando na relação do conhecimento com a dúvida. Como a relação entre eles muda de acordo com o tempo.
No estágio zero de conhecimento não há dúvida. Tudo é novo, nada é conhecido. Acredita-se em qualquer abobrinha lida ou escutada. Afinal as possibilidades são ilimitadas.
No primeiro estágio do conhecimento, tudo que não for o convencional é dúvida. E o estágio do iniciado. Saiu do padrão, não tem solução. Aí começa a crítica. Limitada, mas crítica.
Já no segundo estágio, o conhecimento é sólido, quase palpável. Tem-se certeza do habitual e do pouco usual. Nesse nível é praxe descer a ripa na conduta alheia. Xingar de burro é o mínimo. Tudo é muito simples. Entretanto a dúvida ainda existe para os assuntos controversos, apesar de negarem...
No terceiro estágio de conhecimento a dúvida impera. Dúvidas que nem um pré-escolar teria. Tem-se conhecimento tão pleno que você nem sabe mais o que é real o que é fantasia. Você não consegue separar possibilidades de probabilidades, há mais teorias que problemas. A conversa tende a ser desconexa e poucos acompanham seu raciocínio. Você é admirado pela sua visão do assunto, mas alguns questionam a sua sanidade... Alguns não sabem falar de outra coisa e se tornam chatos insuportáveis. Você passa mais tempo criando problemas do que resolvendo. Se você precisa de ser prático e resolver as coisas rapidamente, não chegue a este estágio! Ou acabará amarrado e internado.
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