Há algo de sublime nas metáforas. Aquela capacidade de dizer e ficar não dito, aquele misterioso suspense em quem lê e não sabe ao certo o que pensar. Ela obriga o leitor a refletir!
Ela me parece com aquelas situações em que um moleque menor, que sempre apanha, indignado e impotente, resolve ofender seu agressor com a primeira palavra estranha que encontra. -Seu javardo! E o javardo fica ali estupefato, sem saber o que dizer ou pensar. Ofender sem ofender é uma espécie de glória pessoal. Mas a metáfora não é sobre isso. É apenas um uso, não muito nobre.
Metáfora é isso, falar sobre plantas, mas dizer sobre a vida, investigar mais a fundo o mistério. Insondável mistério... É libertar-se do comum, é transcender e compreender que tudo pode nos ensinar alguma coisa.
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