terça-feira, agosto 29, 2006

Ano eleitoral tem uma das atividades mais bizarras que eu tenho notícia, o tal do horário eleitoral gratuito.
Você tem duas opções não excludentes. A primeira é sentar e rir do naipe dos candidatos, em especial os dos partidos nanicos e radicais ortodoxos...
A segunda é sentar e chorar, já que este show de horrores irá representar a sua vontade perante este incrível circo demagógico chamado Brasil.

domingo, agosto 27, 2006

Desde que me formei, tenho sido um funcionário público. Rodei as três esferas, mudei meu tipo de trabalho, mas ainda estou no público. Uma das grandes coisas que aprendi no serviço público foi a apreciar o café. E não estou falando do ritual sagrado de abandono regular das atividades laborativas, mas da bebida em si.
Apesar de ser um grande causador de azia (a cafeína relaxa o esfincter do esôfago) adaptei-me ao seu consumo. Desde que não exagere na dose. Aprecio o café forte e sem açucar, nada de águas sujas meladas... Não é regime ou coisa parecida, o açucar tira o gosto da bebida. E de tudo mais na verdade... Ainda não descobri se tenho algum efeito "psicotrópico" importante, mas não importa, bebo pelo sabor.
O café é originário da Etiópia, foi disseminado pelos árabes e segundo consta, é o segundo maior produto de comércio internacional, perdendo apenas para o petróleo. É estimado que um terço do que se consome de água é o volume consumido de café no mundo. Já tentaram provar que o café traz malefícios á saúde mas nada foi provado. Nem de malefícios nem de benefícios...
Beber café é uma das coisas mais universais que eu tenho notícia.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Em certas ocasiões da vida nos apaixonamos por uma idéia. Não sei se pelas circunstâncias, se pela sede ou por outra necessidade qualquer. Trasformamos essa idéia no mote do dia a dia, na razão de nossa existência. Essas idéias variam de conteúdo e de materialidade, de contexto e de motivação.
O ideante então tenta, contra todas as evidências e realidades, provar a si, e por vezes aos outros, que tal idéia pode ser algo mais que mera substância etérea. Por vezes, até sucedem, mas na maioria das vezes não logram êxitos, apenas frustrações.
É como bem sabemos, o mundo das idéias é perfeito. O ideal basta a si mesmo. Mas vá plantar feijões na aridez do real...

domingo, agosto 13, 2006

Estava a discutir qualquer bobagem, quando me brindaram com o óbvio. O tempo passa. Sim, é tudo que o tempo sabe fazer. A ampulheta simboliza ( e não mede) com precisão o conceito.
E como todas as coisas óbvias, esta também nos passa desapercebida. Talvez por só conseguir ver a areia escorrer, ou mensurar a já corrida, nunca temos a dimensão real da areia ainda por vir. Mas por que se preocupar com o imprevisível e inevitável?
A areia que corre é apenas um marco, um lembrete, não a coisa em si. A vida não é a areia que se foi, ou a que está por cair, mas no fluxo. Do realizado ao devir, mas fora de ambos. É aquele minúsculo e indefinível gargalo onde as areias do tempo passam de promessas a lembranças.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Minha roseirinha tem me relembrado de minhas valorosas lições da botânica ( jardinagem na verdade...) aplicadas a vida. Tendo tido outrs roseirinhas, acxreditei que seria fácil tê-la sempre verdejante e florida. No "manual" de intruções dizia: "Muito sol e muita água, não deixe ajuntar água no pratinho". Simples. Descobri o lugar mais ensolarado da casa e regava duas vezes por dia. Toda vez que negligênciava minhas obrigações, ela murchava, mas retornava ao que era antes se corrigido o erro. Entretanto, com o tempo as folhas foram ficando secas e queimadas, as flores esturricaram e eu estupefato não compreendia nada. Até que reparei o vaso esquentava demais, o vento ajudava a secar a água do vaso.
Após uma poda providencial, galhos e flores secas, que só atrasam o crescimento do resto saudável, realoquei-a em um lugar mais protegido e menos ensolarado. Os botões ainda não apareceram, mas as folhas em brotamento já recuperaram o viço. Agora é tempo e torcer contra qualquer eventualidade.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Ao olhar para trás nos últimos 4 anos não consigo admitir qualquer sentido. As coisas foram acontecendo, meio que a minha revelia... As coisas que desejei (ainda que pelos motivos equivocados...) não tive. As coisas que planejei, não aconteceram. As coisas que desisti, conquistei. E o amanhã? Não sei. Tudo é incerto, duvidoso, nebuloso... Arrependimentos? Vários... Tempo é muito precioso para se desperdiçar.

Abrace o caos e deixe-se conduzir por seus caminhos tortuosos. A liberdade é só mais uma ilusão.