Crônicas e outras historinhas infames. Mal-humor, humor negro e outras coisinhas patológicas. Leia, reflita se for o caso, e não me amole.
domingo, maio 29, 2005
Um dos males da Internet é a sua imprevisibilidade. Mal no sentido ilusão do termo. Fico imaginando quantas pessoas buscam na Internet a solução imaginária de seus problemas. É como ser um náufrago e ficar jogando mensagens em garrafas mar afora... Alguma é capaz de chegar a algum lugar, mas se socorro virá, é outra história... E ficamos aí, verificando sites, cadastrando em programas, checando e-mails, tudo na esperança que em meio a todo esse lixo, haja sequer um pequeno resquício de esperança de dias melhores. Como mágica...
terça-feira, maio 24, 2005
Estou finalmente me tornando um ser útil a sociedade. Saio de casa as 7 horas da matina ou pouco antes, ando feito um desesperado, brigo feito um louco, almoço correndo, continuo brigando e perambulando até muito mais tarde. A cada 2 semanas, 2 dias de folga. Que me deixam até certo ponto um pouco "vazio". Mas alto lá! Não me tornei um "workaholic"...
Não leio, não vejo televisão, não conheço gente nova, não ganho nem perco peso... Ganho mal...
Eu sei que soa monótono e enfadonho. Mas não é. Me sinto ótimo e me previne de ficar pensando em bobagens. Na maior parte do tempo pelo menos...
Não leio, não vejo televisão, não conheço gente nova, não ganho nem perco peso... Ganho mal...
Eu sei que soa monótono e enfadonho. Mas não é. Me sinto ótimo e me previne de ficar pensando em bobagens. Na maior parte do tempo pelo menos...
domingo, maio 22, 2005
Estranhos dias... Me sinto diferente. Aquela sensação ambígua de que eu quero que o tempo passe rápido, e ao mesmo tempo aquele martírio da sensação do tempo se perdendo.
Mais zen, mais zen... É como agarrar a água, quanto mais você aperta, mais rápido ela escorre da sua mão.
Tudo que eu preciso é deixar o caos fluir. Mu.
Maldito apego...
Mais zen, mais zen... É como agarrar a água, quanto mais você aperta, mais rápido ela escorre da sua mão.
Tudo que eu preciso é deixar o caos fluir. Mu.
Maldito apego...
sexta-feira, maio 20, 2005
Portugal e seu povo me fascinam. Seu povo é até um impróperio, afinal temos muito de nossos patrícios... Há algo fundamental sobre lá que não consigo decifrar, uma espécie de poesia bruta, um lirismo selvagem. Sou um inapto lusofóno, mas amo profundamente a flor da Lácio. Afinal é de palavras que se constroí um povo... E desvendar um pouco da alma lusitana certamente ilumina algo sobre nos mesmos...
Enfim, vamos ver o que consigo apurar...
Enfim, vamos ver o que consigo apurar...
segunda-feira, maio 16, 2005
Sereias
Sereias eram criaturas metade mulher, metade peixe. E tinham o péssimo hábito de cantar para atrair os navegantes para os rochedos onde seriam devidamente devorados. O folclore está cheio destas figuras femininas devoradoras de homens. A Iara, as vezes também chamada de mãe dágua, morena bonita que canta para atrair os homens para as profundezas.
Parece que esta imagem esteve presente em diversas culturas. A figura feminina que, pelo seu apetite sanguinário, seduz e atrai os incautos, fazendo com que estes joguem seus navios de encontro as rochas, jogando seus destinos nas profundezas de mar.
Parece que esta imagem esteve presente em diversas culturas. A figura feminina que, pelo seu apetite sanguinário, seduz e atrai os incautos, fazendo com que estes joguem seus navios de encontro as rochas, jogando seus destinos nas profundezas de mar.
quarta-feira, maio 11, 2005
Peço desculpas aos meus parcos leitores. Queria escrever coisas mais inspiradoras, mais leves e quem sabe até um pouco poéticas. A que minha pouca poesia permite... Nada de pretensões...
Mas tenho estado mais amargo que o normal. O dia a dia não ajuda, não tenho para onde correr. Não tenho lido nem feito quase nada inspirador.Então tenho evitado me lamuriar, não quero ninguém pensando em se matar por aqui... Cada dia que passa vejo que a vida é uma merda, mas uma merda que vale a pena. Para os que tem coragem.
Mas tenho estado mais amargo que o normal. O dia a dia não ajuda, não tenho para onde correr. Não tenho lido nem feito quase nada inspirador.Então tenho evitado me lamuriar, não quero ninguém pensando em se matar por aqui... Cada dia que passa vejo que a vida é uma merda, mas uma merda que vale a pena. Para os que tem coragem.
quinta-feira, maio 05, 2005
Ah boliche... Nada como fingir ser vagabundo uma vez ou outra e jogar boliche durante a semana... Afinal os preços são proibitivos durantes os finais de semana...
Seis partidas depois, alguns chopes e muita grosseiria, nada como acordar com o braço doendo no dia seguinte. Davamos inveja no resto da turma nas outras pistas, aqueles caras que trazem a bola de casa e só jogam com efeito.
É uma das poucas coisas em que tenho prazer em fazer mal.
Seis partidas depois, alguns chopes e muita grosseiria, nada como acordar com o braço doendo no dia seguinte. Davamos inveja no resto da turma nas outras pistas, aqueles caras que trazem a bola de casa e só jogam com efeito.
É uma das poucas coisas em que tenho prazer em fazer mal.
quarta-feira, maio 04, 2005
terça-feira, maio 03, 2005
Seu Bilé
Seu Bilé é uma figurinha curiosa. Sessenta e poucos anos, bebe, fuma e peloque dizem seus familiares tem uns problemas de cabeça. Até usa Gardenal. Dizem que ainda usa drogas... Mas essa figura mirradinha deu entrada no hospital com um quadro de peritonite aguda, causada por uma perfuração no estômago. Operado, assutou o cirurgião com a lesão, que o cirurgião logo diagnosticou como "maligno". Mas o patologista descartou, péptico. Do bloco para o CTI, do CTI para o tubo, do tubo para o ventilador. Traqueostomia, jejunostomia, a cicatriz cirúrgica abre. E seu Bilé lá. Impávido. Mal dava bola para ninguém. Quer dizer, quase ninguém. Quando a fisioterapeuta estava por perto, nem tirava o olho. E seu Bilé ia melhorando. Saiu do ventilador, saiu do CTI, tirou a traqueostomia. E quais foram suas primeiras palavras? Quero um cigarro.
E lá vou eu diariamente, preocupado, ver aquela titiquinha de gente. Fica lá deitado meio de banda na cama, todo cagado. Nunca me perguntou o que teve, nunca quis saber se era grave, nem mesmo se tinha câncer. Só quer mesmo saber quando é que vai poder tomar uns goles.
E lá vou eu diariamente, preocupado, ver aquela titiquinha de gente. Fica lá deitado meio de banda na cama, todo cagado. Nunca me perguntou o que teve, nunca quis saber se era grave, nem mesmo se tinha câncer. Só quer mesmo saber quando é que vai poder tomar uns goles.
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