Digitando deste mesmo ponto de vista, pelo sobreolho vi esgueirar-se corredor afora e ao redor, um pequeno vulto. Não tornei o caso nenhuma emergência. Estou cansado de saber que não só eu assombro meus calabouços. Checagem sumaria e de volta as atividades habituais. Nada anormal. Mas o fato se repetiu e aquela luzinha amarela do inabitual acendeu. Divido de longa data meus domínios, ainda que algum incômodo e prejuízo próprio, com algum vertebrados inferiores. Suponho que até sustento alguns... Mas não parecia o caso. Parecia algo mais acima na escala evolutiva. Intensifico a busca. Só pode estar se escondendo na máquina de lavar, já que não suportaria as agruras de morar num forno... Após os estresses habituais, vejo meus hóspede correndo pela área afora, apavorido. Um rato. Aquela miudeza inofensiva, e nada higiênica, correndo, justamente, pela sua vida. Mas ainda não foi desta feita. Me recuso a matar qualquer coisa que não me ameaça diretamente. Prefiro a ineficaz e trabalhosa reeducação. Passada a comoção, ele retorna para as profundezas de seu reino, a máquina de lavar roupa.
Investigações posteriores revelam que nosso pequeno invasor anda se fartando de ração para cachorro. Quem diria, meus mastim matador de gambás agora tem um sócio!
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