Desde que comecei a bater cartão estou caminhando a passos largos rumo a revolta proletária. Hoje por exemplo, investi minha tarde manifestando minha indignação com o desrespeito ao meu trabalho, lutando pela valorização e pela dignificação do mesmo.
Marcaram de reunirmos na porta da Santa Casa e algumas horas depois do combinado já tinhamos massa suficiente para obrigar os trauseuntes a ter de andar na rua. Com alguma hesitação, iniciamos a marcha. Para onde? gritava a turba indignada. Para as clínicas! E lá ia o cordão... Mas primeiro esperamos o sinal de pedestre abrir. E assim fomos, apitando, mostrando faixas com nossas demandas e principalmente, respeitando as leis de trânsito... E assim fomos fazendo o circuito dos hospitais, chamando os colegas para a luta. E evitando ser atrapelado pelo trânsito pesado da Alfredo Balena. E nada de imprensa... Sugeri queimarmos uns pneus, outros queriam apredejar umas janelas... Mas no fim ficamos só nos apitos e faixas. Alguns populares se juntaram a marcha, até me lembrou a marcha final de "O Grande Mentecapto". Chegamos ao CRM e ficamos ali fazendo barulho na Afonso Pena. Um mais inflamado subiu num caixote e proferiu um discurso, configurou-se o ato. Alguém deu uma idéia "Quel tal uma cerveja"? E o movimento tomou novos rumos.
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